85 dias na Europa: Berlim

Berlim é uma cidade que encanta aos poucos, confesso que a primeira impressão é estranha, é uma cidade nova, tem um pouco cara de São Paulo, mas conforme você a conhece começa a entender seus encantos, e no nosso caso acho que a história, a culinária e o amor dos alemães pela cultura foram os pontos altos.

Começamos o primeiro dia pelo principal marco da cidade o Portão de Brandemburgo e logo ficamos surpresos que o muro passava a metros do local, e na verdade durante todos os anos da guerra fria o portão ficou em uma zona morta, ou seja, uma zona desocupada entre os lados soviético e americano.

Na seqüência fomos ao Reichstag, um lindo edifício que mistura o clássico com o moderno, com sua cúpula de vidro, infelizmente não havíamos marcado visita e não pudemos entrar, fica a dica. Seguindo nosso roteiro passamos pelo Memorial do Holocausto, uma obra de 1993 feita para estimular a reflexão, veja a foto abaixo e entenda melhor, para se ter uma idéia a área total é de 19.000 m2 com 2.711 blocos de concreto, os blocos são de alturas diferentes e a sensação que você esta em um labirinto.

Bem perto você encontra a Potsdamer Platz que foi totalmente reconstruída e possui o super moderno Sony Center, vale a visita.

Falando em cultura a cidade parece que tem mais de 100 museus, como tínhamos somente 3 dias fomos naquele que julgávamos o melhor que no caso foi o Pergamonmuseum, lá possui uma fachada de um templo grego absurdamente grande, para ter uma idéia não cabia em nenhum outro museu alemão, e possui ainda uma reconstrução de muros da cidade de Babilônia além de uma infinidade de peças da antiguidade.

Visitamos algumas igrejas mas acho que o maior destaque foi a Catedral de Berlim - Berliner Dom - ela foi restaurada após a guerra e seu interior está deslumbrante.

Fazendo um momento dedicado ao passado recente visitamos o Check-point Charlie, fronteira entre a Berlim ocidental e oriental, onde os soldados americanos e soviéticos podiam se olhar e que algumas vezes foi palco de momentos de tensão, a placa que avisa que você esta deixando a zona de controle americano chega a dar calafrios, e visitamos também o East Side Galery, pedaço de mais de 1,3 km do muro que permanece intacto a não ser pelas grafites que foram feitas por artistas de todo o mundo, é uma caminhada muito legal que fizemos a noite.

Por último vale destacar a comida alemã, eisbein, currywurst, hot-dog, cerveja, schinetzel e outras maravilhas que só doem na consciência.